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terça-feira, 29 de março de 2011

Entrevista da Diana ao IG

Apesar de afirmar que Wesley e Maria buscaram votos usando o status de casal, Diana acredita que o sentimento dos dois é sincero
Após voltar de cinco paredões, a produtora de moda Diana, de 29 anos, foi eliminada às vésperas da final do Big Brother Brasil 11. Apesar de ter recebido 75% dos votos, a ex-BBB encara o alto índice não como uma rejeição à sua participação, mas um sinal do favoritismo do casal Maria e Wesley - que disputa a final com Daniel na noite desta terça-feira (29).
Em entrevista ao iG, ela contou sobre a reação da família ao ver as cenas quentes que protagonizou com os colegas de confinamento, disse que nunca entraria no programa para “ficar de casalzinho” e que pretende entrar na Justiça contra as pessoas que fizeram comentários homofóbicos contra ela.
iG: Está torcendo por quem?
Diana: Eu torço pelos três. Mas se fosse para eu escolher quem deveria ganhar seria o Dani ou o Wesley. Por merecimento, história de vida. Avalio várias coisas para escolher meu favorito. Nada contra a Maria. Gosto dela.
iG: Como encara os 75% dos votos que recebeu na sua eliminação? 
Diana: Acredito que tenha sido mais uma dupla contra mim do que uma concorrência individual de cada um. Eles (Maria e Wesley) tiveram uma força muito grande, o que acabou levando à minha saída.
iG: Durante o jogo você chegou a dizer que eles estavam usando o romance para angariar votos. Para você a relação não é sincera? 
Diana: Acho que é sincera. Só que antes era só uma pegação e depois, de uns dias para cá, eles começaram a andar muito de mãos dadas e tal. Como se fosse uma coisa mais séria e que não era o que estava acontecendo. Eu e Daniel conversamos sobre isso porque foi uma coisa visível. Foi ligeiramente exagerado. Tanto é que eu notei e ele notou. Não foi um complô tipo: “Ah, vamos ficar contra eles”.
iG: Daniel fez comentários negativos sobre o casal e depois começou a brigar com Maria. Por que acha que ele mudou de atitude? 
Diana: Todo mundo está muito estressado na fase final. As pessoas começam a ficar mais reservadas precisando espairecer mesmo. Acho que o estresse do confinamento pode gerar algumas irritações e as pessoas começam a querer um pouco de férias umas das outras.
iG: Você disse que não entrou no BBB 10 porque sua família não sabia da sua orientação sexual. Decidiu revelar no Natal de 2009. Hoje eles levam numa boa? 
Diana: Eles passaram o ano de 2010 inteiro digerindo, né? E antes de entrar na casa tive uma conversa com eles. Eles aceitam numa boa. Eu sou muito reservada. Então não chego a causar muita polêmica. Minha mãe visa mais um neto. O problema dela é esse. E eu vou dar um neto à ela de qualquer forma. Não preciso estar junta, casada, com marido. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Ela visualizava a filha casada, com uma família superfeliz e tal, e isso talvez aconteça, não sei. Eu vou vivendo, vou me apaixonando, vou curtindo, tentando ser feliz e o que for para acontecer mais para a frente vai acontecer.
iG: Adotaria? 
Diana: Não. Eu teria um filho.

Foto: Divulgação/Fred RozárioAmpliar
A ex-BBB agora pretende investir na carreira artística
iG: Você disse que é reservada, mas protagonizou cenas quentes com vários participantes.
Diana: Estava lá para tentar conhecer pessoas, tentar aprender a jogar aquilo ali, que é absolutamente diferente de qualquer coisa que tenha feito na minha vida. Nunca entraria numa casa de um reality show para ficar de casalzinho. Eu estava lá para curtir. Dei beijo na boca, fiz brincadeira com doce de leite... Enfim, só foram várias vezes porque eu estava confinada e foram várias festas com várias pessoas. Aqui fora é bem mais brando (risos).
iG: Sua família comentou alguma coisa sobre essas cenas? 
Diana: Não. Todo mundo achou muito divertido, todo mundo me conhece. Fui muito parabenizada aqui fora por ser eu mesma lá dentro. Em momento nenhum denegri meu caráter, a minha personalidade. Sou uma pessoa muito certa das minhas coisas. Fui eu mesma e estou muito orgulhosa de ter tido uma trajetória sem falsidade, sendo verdadeira e conseguir chegar tão longe dessa forma.
iG: Você disse que percebeu muitas relações falsas na casa. 
Diana: Dava para sentir quando rolava uma coisa mais forçada. As pessoas fazendo fofoquinha, falando mal, qualquer coisinha era um dramalhão. As pessoas ficavam bem sensíveis e é bem difícil de lidar, ainda mais num jogo que vale dinheiro. Sentia que mudavam um pouco de caráter. Aqui fora é que vou saber quem é quem. Com exceção da Natália, em quem confio de olhos fechados. Lucival e Jana também são pessoas que tenho certeza de que são o que achei que fossem lá dentro. Mas aqui fora ainda vou conhecer o resto.
iG: Quando você saiu reencontrou a Natália. Acha que agora, fora do programa, rola alguma coisa a mais entre vocês ou é só amizade? 
Diana: A gente tem muito carinho uma pela outra e está se falando sempre. Nos vimos ontem e hoje no Projac. Mas rolar alguma coisa acho que não, né? Somos muito amigas. É mais uma suposição do público que viu que temos muito carinho, muita intimidade. Lá rolavam umas brincadeiras. Mas foi só isso.
iG: Já conversou com a Priscila Borges, sua ex-namorada? 
Diana: Já, mas essa parte da minha vida pessoal eu prefiro não entrar muito no mérito, uma coisa era eu estar falando dela dentro do programa. Eu estava carente, estava confinada, ela é uma pessoa de quem gosto muito, uma das minhas melhores amigas. Mas é uma coisa superconfusa dela em relação a mim, de mim em relação a ela... Se bem que de mim em relação a ela não, mas enfim, prefiro deixar isso mais reservado.
iG: Mas vocês estão juntas? 
Diana: Não.
iG: Durante o programa você disse que evita andar de mãos dadas na rua porque não gosta de receber olhares preconceituosos. Agora que se tornou público o fato de ser bissexual pretende agir diferente? 
Diana: Eu não costumo andar de mãos dadas, mas já andei algumas vezes. Acho que a maioria da população ainda é muito conservadora. Mas sou muito segura de mim, da minha orientação. Com quem quer que eu esteja, se quiser dar um beijo, fazer um carinho, vou fazer. Não tenho problemas quanto a isso, não. Só tento me preservar. Assim como acho que um casal hétero não pode se pegar em praça pública. Acho feio. As pessoas têm que ter bom senso.
iG: Apesar de qualquer possível preconceito você quase chegou a final. 
Diana: É, mas ainda existe isso sim. Tanto que saí e a minha irmã já me falou que tem blogs homofóbicos, pessoas me xingando. Isso está acontecendo. Eu sempre pensei que a sexualidade de alguém só diz respeito a ela mesma. Com quem eu faço sexo entre quatro paredes não diz respeito a ninguém. Acho isso ridículo. Fui ficar com uma mulher em 2002. Antes disso não havia pensado na hipótese. Mas eu sou a mesmíssima pessoa. Então acho que se você age com naturalidade as pessoas te respeitam e enxergam como sendo algo natural. Acredito que consegui ter postura no programa e consegui mudar um pouco o olhar das pessoas.
iG: Pretende tomar alguma medida contra essas pessoas? 
Diana: A minha irmã é advogada e está como minha assessora. Pode me chamar de chata, de idiota, qualquer coisa, isso eu não ligo. Ligo para comentários ofensivos homofóbicos. Acho que isso não tem que existir. Então a gente vai entrar na Justiça, sim.
iG: Você sentiu muita falta de sexo? 
Diana: Não senti nenhuma falta. Dei bastante beijo na boca, me diverti e não fiz nada além disso. Nesse quesito estava bem tranquila.
iG: Mas você disse que se masturbou nove vezes dentro da casa. 
Diana: É verdade. Mas o que acontece no edredon fica debaixo do edredon.
iG: Dá para dizer que você foi a pegadora desse Big Brother? 
Diana: Pode-se dizer que sim. Ou, sob outro ponto de vista, que eu soube aproveitar as festas, o confinamento e as pessoas.
iG: Se assustou com a abordagem dos fãs aqui fora? 
Diana: As pessoas agarram demais e recebi 500 propostas indecentes. Não coloquei muito o pé na rua, tenho andado mais de carro. Mas fizeram propostas em todas as redes sociais que você puder imaginar. Teve pedido de casamento, gente dizendo “vou te fazer feliz”, milhões de coisas me relacionando com a Natália, praticamente como se estivéssemos casadas, com dois filhos e dois cachorros (risos). É uma loucura. 

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